Foi com muito orgulho, raça e amor que no último dia 31 de julho comuniquei a todos sobre o primeiro festival da página Troque O Disco. O mesmo será realizado em um dos cartões postais da minha cidade, Campos dos Goytacazes, a Casa de Cultura Villa Maria.
Abaixo trago muitas das informações durante todos esses dias de preparação para o festival em matéria dada ao Sistema de Comunicação Terceira Via, que é um dos nossos apoiadores.
Um perfil criado no Instagram, no início da pandemia do novo coronavírus, para falar sobre música alcançou repercussão tão grande que virou festival beneficente em Campos. Chamado “Troque o Disco”, mesmo nome da iniciativa digital, o evento acontece no próximo dia 27, na Casa de Cultura Villa Maria, com o apoio do Sistema de Comunicação Terceira Via. A entrada é 1 quilo de alimento não perecível. Todas as doações arrecadadas serão doadas a instituições sociais da cidade.
Idealizador do festival, o DJ Guilherme Freitas conta que o sucesso do perfil, que ele mesmo criou e administra, foi o ponto de partida para a realização do evento.
“A página acabou de completar dois anos e deu um boom impressionante. Hoje, são mais de 10 mil seguidores nas redes sociais. Com isso, meus amigos me incentivaram a criar o festival, que carregue o seu nome. Já que eu adoro música, corri atrás de organizar esse evento e está sendo muito produtivo, tudo está muito alinhado”, contou.
De acordo com Guilherme, o conteúdo produzido pelo perfil Troque o Disco nas mídias sociais já teve interação e foi compartilhado por artistas e bandas renomadas como Skank, Marcão (ex-guitarrista do Charlie Brown Jr.), Biquini Cavadão, Marina Lima, Scalene, Maglore e a banda inglesa The Charlatans.
Evento vai além de música
O festival começará às 11h, com previsão de encerramento às 21h. A programação inclui quatro atrações musivais. As bandas Devise, de Minas Gerais, e Sign Steelers, de Campos, farão shows autorais. Já A banda Purple Henry fará uma viagem no tempo, com sucessos dos anos 70, 80 e 90, dando uma passada também pelo melhor dos anos 2000, enquanto o grupo Cria do Mundo promete embalar o público ao som de muita bossa, tropicália, MPB e homenagens ao Clube da Esquina. Os intervalos contarão com discotecagem sob o comando de Paulo André e do próprio Guilherme.
Mas, o evento vai além das músicas. O festival terá exposição de carros antigos, área kids, cerveja e comida na área de alimentação. Também haverá um espaço para brechó e artesanatos.
O evento teve sim o apoio de grande empresas da cidade e aqui fica meu agradecimento especial a todos vocês: Porks, Yole Restaurante, GV Restaurante, Bem Espetos, Libanus, Trópica Cervejaria, KM Motors, Top Doces, Brownies Doce Lu, Sra Crochê, Specialli, Secreto Restaurante, SCE Casas, A Jóia Nobre, Tales Tabacaria, Marocas Restaurante,Ju Ribeiro, Priscila Nogueira, CZB esportes, Radio Educativa FM, Sistema de Comunicação Terceira Via, Clube de Carros Antigos de Campos, Rio Mar, Paulo Discos, Goyaba Discos, Privus Arquitetura, Riviera,Iron Wood Facas, Estrutura Metálica Nossa Senhora de Fátima, Be Aguiar Social Média, Cantina Freitas e por fim meu agradecimento especial a Casa de Cultura Villa Maria e meu braço direito Maikon Tardivo.
Agora vamos falar do que move o festival, a música, com vocês as bandas:
DEVISE:
Começando pelos mineiros da Devise, banda formada por Luís Couto (voz e guitarra), Bruno Vieira (Guitarra), Daniel Mascarenhas (Bateria) e Bruno Bontempo (Baixo), verdadeiros leões de jogo. Com três maravilhosos discos que solidificaram a banda no cenário mineiro e nacional: Lume, Petricor e Depois de Abrir os Olhos, 2014, 2017 e 2021 respectivamente.
Anos antes desta página nascer eu já acompanhava o trabalho deles, lembro que a primeira canção que ouvi foi “Além Do Próprio Espelho”, onde vi esses garotos beberem da fonte do Britpop e do Rock Alternativo, influenciados por Oasis, The Stone Roses, The Smiths, Strokes, Black Rebel Motorcycle Club e Velvet Underground. Os mineiros não negam suas raízes: são inspirados diretamente pelos conterrâneos do Skank e, mais do que natural, pelo gênio Lô Borges.
De trocas diárias de mensagens sobre som fui convidado a participar de um trecho do clipe da belíssima canção “Espera”, um petardo lançado durante a pandemia que me sustentou de pé por muito tempo.
Desde o primeiro minuto que pensei em fazer o festival, a Devise estava em primeiro plano, eles foram a primeira banda a apoiar e acreditar na página e acreditam firmemente no sucesso desse projeto.
A banda já foi escolhida por projetos de relevância na cena independente, como o Popload Session e o mundial Rubber Tracks, da Converse. Com seu último álbum, o single “Aurora” contou com a participação de Ysee, cantora, atriz e compositora francesa que já saiu em turnê com Noel Gallagher e Damon Albarn. O feito mais recente foi no último sábado, onde regravaram a canção “Is This It”, do The Strokes, chamando atenção de nada mais nada menos que Julian Casablancas, fazendo um baita comentário na página dos caras.
Quem for ao festival verá uma das melhores bandas do nosso país em ação, nos stories separei uns destaques de canções dos caras.
SIGN STEELERS:
A Sign Steelers é um quinteto que provavelmente tenha se formado pelo encontro de amigos ouvindo som e bebendo cerveja. A banda é oriunda da terra que acontecerá o festival, Campos Dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, esses caras se encontraram la pelos idos de 2017.
Gustavo Maia, um dos líderes do grupo, já fez parte do projeto da página, com textos memoráveis, o cara de fato é uma biblioteca ambulante. Nossa história começou com muito som, afinal, desde o primeiro minuto que apertamos as mãos, lá em 2008, ouve uma troca quase que diária sobre som, noites intermináveis na minha varanda, pubs pela cidade, ensaios com muita cerveja gelada e loucura. Trocamos discos, tirávamos tardes para falar de música, ouvir discos na íntegra e eu sempre pedi para que ele colocasse seu talento para o mundo, eis que enfim, neste ano, podemos ver seu trabalho acompanhado desses meninos prodígios.
De proposta clara, fincada exclusivamente em trabalhos autorais, a banda sempre flertou com os mais diversos estilos, gêneros e manifestações artísticas. São inafastáveis as influências de música tradicional americana, brasileira e britânica, não tão somente do Rock and Roll em sua já inconcebível amplitude.
A banda atualmente se encontra na gravação do seu primeiro disco, trabalho que já conta com dois singles disponíveis; One Night e Cold Yellow Sun. O álbum cheio, incluindo extras, conta com 18 faixas.
Gustavo me sinalizou a árdua caminhada de se fazer um festival com banda autoral em nossa cidade e me convenceu bastante. Segundo ele, sempre foi complicado tocar músicas autorais sem maiores apelos e estratégias comerciais em qualquer canto do planeta e essa, justamente, sempre foi e sempre será a bandeira da Sign Steelers. Para a banda, a música sempre veio em primeiro lugar, independente das circunstâncias, cientes do desafio.
Eu colo na primeira fila do shows dos caras e quando olho ao meu redor todos estão hipnotizados pelo que eles entregam em cima de um palco. Que o som esteja no talo, como de praxe.
PURPLE HENRY:
Purple Henry é seu nome, os relatos internos dizem que o nome se deve ao famoso sanatório existente em nossa cidade, intitulado de Henrique Roxo.
Não há como falar dessa banda sem começar pela minha amizade de mais de 20 anos com Mauricio, um dos vocalistas do grupo. Ele que por sinal, foi a principal pessoa que me incentivou a fazer esse festival, que alimentava a idéia e que me chamou seriamente em um dos nossos vários encontros etílicos para dar um jeito de fazer isso acontecer, se ele não insistisse, talvez isso nunca sairia das nossas rodas de conversa.
Uma verdadeira aula e um show pra lá de quente, é tudo que você pode esperar desse quarteto de amigos pra lá de especiais, formado por: Mauricio Costa (vocal e guitarra) Eduardo Ferreira (vocal e guitarra), Pedro Barcelos (vocal e baixo) e Ícaro Galiaço (bateria). Se eles vivessem de música com certeza estariam tocando em todos os cantos.
O setlist é um apanhado de excelentes clássicos dos anos 70 até os dias de hoje. Tenho certeza que vocês não irão ficar parados um minutos se quer. Fica meu pedido aqui para que algumas das canções autorais venha a público neste dia, elas são brilhantes.
Que possamos estar todos juntos nesse sanatório ao som da Purple Henry, avante!
CRIA DO MUNDO:
No próximo dia 27 de agosto, será o primeiro show desses caras após um hiato de quase 5 anos. Cria do Mundo é a banda que fecha a série exclusiva de matérias, das quais apresentei os grupos que tocarão no nosso festival.
A pegada da banda é contemporânea, canarinha e trocada em miúdos com raízes e tendências tornando sua mistura necessária aos ouvintes. Sentimento, harmonia, arranjos, cantos, contracantos,leves percussões, lindos solos de instrumentos melódicos,inovadores, ruídos e arpejos fazem-se o som da banda.
Mais uma grata amizade através do poder da música, quantas das minhas amizades nasceram por conta dela, após ter ido a alguns shows da Cria do Mundo ao longo dos anos, todos eles colado no palco e abismado com potencial daquele grupo, me tornei amigo do Felipe Mendonça, voz, violão e guitarra da banda. Felipe entrou na minha vida numa potencia máxima, devido ao nosso estilo de vida e principalmente pelo gosto musical. Compartilhamos da mesma sonoridade brasileira, o amor por Marina Lima, Clube da Esquina e o samba, o que nos uniu de forma rápida ao ponto de estarmos sempre juntos ouvindo desses diamantes. O grupo é completo com talentosos músicos como Morett Rosa, Tiago Martins e Raphael Leite que levaram até vocês toda cultura da tropicália, samba, bossa e clube da esquina.
O que posso garantir para vocês é uma cartase, um show apoteótico com canções que vocês não vão ver qualquer banda tocar e sim só uma com gabarito e gosto musical da Cria do Mundo. Eles fecharão o festival em grande estilo com reileturas de Jorge Ben Jor, Milton Nascimento, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Novos Baianos, Tim Maia, entre outros, para que vocês não fiquem um minuto se quer sem balançar o esqueleto.
Então é isso minha gente, espero todos vocês lá no sábado dia 27 de agosto,lembre-se do horário,será pontualmente das 11 da manhã as 21 horas. O evento é beneficente a entrada é um quilo de alimento que será destinado ao projeto Mãos na Comunidade.
Sempre sonhei em fazer um festival com boa música e com boas parcerias, agora falta só vocês la no dia para esse sonho estar completo.
Até!
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