Hoje trago um disco maravilhoso que está sempre em meus ouvidos me ajudando, me dando suporte, me enchendo de gás.
“É como se eu estivesse lançando um livro”. Essa é uma das maneiras como Tim Bernardes traduz o sentimento a respeito do seu segundo disco-solo, Mil Coisas Invisíveis, lançado pelo Coala Records em 2022. O álbum contém letras que tem muito a nos dizer nos mais variados sentidos.
Tim é compositor, cantor e multi-instrumentista, também conhecido pelo seu trabalho à frente da banda O Terno. Ele sempre foi um músico diferenciado, bem relacionado.
Segundo o próprio: “Em Recomeçar, eu parti de letras mais íntimas, em que o sentimento aparecia em primeiro plano e, em Mil Coisas Invisíveis, fui para um outro lugar. Tenho a intenção de me comunicar de forma clara, mas isso acontece de uma maneira mais abstrata no momento”. Sim Tim Bernades, você se comunicou muito bem, para nós ouvintes podemos interpretar o disco de várias formas, em vários momentos de nossa vida ele se encaixa perfeitamente.
Composições que tratam sobre romper com antigos laços, a transição total para a vida adulta e a necessidade de seguir em frente. O disco tem 15 faixas e quase uma hora de som, algo até um pouco raro nos dias de hoje.
Uma boa curiosidade é o piano que ele toca, o músico gravou todos os instrumentos, com exceção de algumas participações especiais - pertence à Rádio Eldorado e fica no hall da emissora. O instrumento foi usado por Arnaldo Baptista no registro do clássico Balada do Louco, entre outros discos de Caetano Veloso e Rita Lee. Bernardes passou uma noite/madrugada na Eldorado gravando diferentes takes de voz e piano para a canção.
Além de ter tocado a maioria dos instrumentos (piano, violão, baixo, bateria e percussão), Tim Bernardes arranjou as cordas e sopros executados por Felipe Pacheco Ventura e Douglas Antunes, respectivamente.
É um disco pra bons ouvintes e claro que vocês aqui da Troque O Disco irão dar o play nesse trabalho e sentir toda experiência que é ouvir Mil Coisas Invisívies.
-Gui Freitas
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