Quando esta página nasceu, Ana Frango Elétrico foi tema aqui com seu disco Little Eletric Chicken Heart. Hoje volto para falar do seu recente lançamento, Me Chama de Gato que Eu Sou Sua.
Ana Frango Elétrico se tornou um dos grandes nomes da cena carioca, eu não tenho dúvidas da importância das suas músicas nas vidas das pessoas e também para a Música Popular Brasileira (MPB). Este disco, que tem uma belíssima capa, é mais um trabalho sólido da artista, seu nível só aumenta e isso é fruto de muito trabalho, com uma voz mais efervescente e inovadora, que crava ainda mais a força dessa nova onda do Brasil.
O álbum brinca com o imediatismo do pop e mistura gêneros já conhecidos por aqueles que acompanham a carreira de Ana, podemos ouvir jazz, bossa-nova e samba. É interessante notar que no meio de tantas influências musicais, a sonoridade oitentista permanece, sem se tornar um saudosismo datado.
No entanto, a nostalgia está presente, mas não ofusca o brilho e a inovação que permeiam o álbum. Ana Frango Elétrico mantém a agitação autêntica em mais um disco com belos arranjos, muitos metais e vocais de ponta. Electric Fish já é uma canção que está na boca de muita gente, muito anos 80 e 90.
Pelo que eu apurei, ela compôs boa parte do disco e tem pleno domínio no processo criativo. Conseguimos ouvir e sentir várias influências nestas 10 faixas e esses vários estilos tornam a experiência em ouvir ainda mais agradável. Percebe-se também uma excelente conexão com o público LGBTQ+ ao oferecer a oportunidade de compartilhar experiências românticas e sexuais transformadas em poesia por meio das suas músicas.
Parabéns por mais um disco Ana, viva nossa nova música!
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