Toda terça, a Troque O Disco traz bandas da cena que corre paralela aos holofotes. Titular absoluta em nossa pauta da semana, essas terças são, indubitavelmente, pontos altos de nosso projeto e uma das nossas maiores alegrias com a Troque. Através delas, conhecemos artistas sensacionais, com qualidade de sobrar. A troca é sempre incrível e, hoje, temos a felicidade em dizer que já conhecemos muita gente legal por conta dessa iniciativa.
Dessa vez, portanto, trazemos um nome já muito conhecido pra nós dois… a Playmoboys, banda que conta com uns figuraças que esbarramos constantemente pelas noitadas malucas da cena, cheios de energia e disposição, sempre buscando por alguma coisa nova.
Com alguma bagagem, a banda foi formada em 2005 pelo vocalista, compositor e guitarrista, Conrado Muylaert. A formação atual conta com Barreto na bateria, Leo Nominato no baixo, Thiago Correa e Israel Isquef nas guitarras e, por fim, Bernado Arenari, voz e synths.
A banda, nesse meio tempo, cravou cinco registros em sua jornada marcada por um ótimo começo. O primeiro, de 2008, já conquistou algumas marcas interessantes. No entanto, talvez o auge tenha se rabiscado em 2013, época marcada pelo lançamento de "There's no End”. O trabalho, que mescla letras em português e inglês, tem clipes rodando em emissoras de ponta, além, também, de ter o som rolando em algumas rádios mundo afora, tais como a BBC de Londres e chamadas em veículos consagrados, como a NME.
Com essas conquistas super legais à uma banda que percorre o underground, rolou, ainda, um incentivo por parte de Carl Barat, que divide protagonismo na aclamada banda britânica, The Libertines.
Conrado sempre foi muito ligado ao som do Libertines e esse relacionamento foi se estreitando com o tempo. Em 2013, Conrado fez acontecer e dividiu o mesmo palco com Carl Barat durante uma passagem do músico pelo Brasil. Aos que curtem Libertines e episódios malucos da cena, essa odisséia toda vai chegar em um post que merece total propriedade e, com certeza, em dada oportunidade, vai rolar.
Podemos notar uma certa mistura no som da banda, que é carregada de influências americanas, britânicas e brasileiras, sempre diretas ao ponto e temas que vão da cultura pop ao cotidiano estão presentes nas letras.
Uma grande virtude da Playmoboys está em fazer a coisa acontecer. São músicos abertos, sempre dispostos, trazendo contribuições musicais diferentes ao repertório, buscando movimentar a coisa toda, mantendo a regularidade sobre o próximo passo e, principalmente, fazendo o possível para que sua música rode nos mais diversos veículos.
Exemplo recente dessas parcerias esbarra em "I Just Wanna Dance”, com a OH! I Kill, banda que deu liga após alguns shows em parceria. O projeto traz alguns destaques como ”Goodbyes Are Never Forever”, faixa acompanhada de clipe, compilando imagens de acervo pessoal dos integrantes.
Colecionamos boas memórias dos shows da banda. Por um tempo, fizemos parte de uma cena muito ativa, principalmente aos entornos de 2013. Toda semana tinha uma banda legal tocando, era cronograma intenso, muita gente boa fazendo parte da cena que, de fato, acontecia. Bons tempos. Sentimos muito falta disso, era uma loucura.
Mesmo nostálgicos àqueles tempos, é com felicidade que dizemos que a Playmoboys não foi uma das que parou e talvez nem fraquejado tenha! A banda é produtiva e, na última sexta-feira, 15 de maio, lançou “Férias”, através do selo Caravela, em parceria com a Warner Music.
A canção gira em torno da paz de espírito. Conrado, na faixa, busca homenagear a praia de Geribá, interior do Rio de Janeiro, Búzios. Diz ter concebido a canção em um período difícil desse isolamento que estamos vivendo. Nela, a intenção é celebrar os bons momentos da vida e estar um pouco mais perto da praia.
Conrado é pura energia positiva, um amigo que estimamos muito. Um sujeito que, como dissemos ao longo desse post, tem a grande virtude em fazer acontecer. É bom demais poder falar sobre alguns amigos e compartilhar de suas realizações.
No mais breve, o Conrado vai voltar por aqui pela Troque O Disco e dividir um pouco da maluca e incrível história do Carl Barat pelo interior do Rio de Janeiro, que merece o mais preciso registro.
-Gui Freitas e Gus Maia
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