Daparte - Charles
- Troque o Disco
- 6 de mai.
- 2 min de leitura

Antes que o dia chegue ao fim, me deu vontade de falar da banda mineira Daparte — essa que, de tão querida e talentosa, vem frequentando o Troque o Disco e, pelo que acompanho, aquecendo o coração de muita gente por aí. Eles estão com shows marcados por algumas cidades do Brasil e quem for não vai se arrepender.
Para hoje, trago o debut dos meninos, intitulado Charles, lançado em 2018. O disco tem 10 faixas e pouco mais de 35 minutos — um tiro curto, mas com muita entrega. Foi, de fato, um belo cartão de visita. O álbum abre com uma das canções que mais gosto da banda, inclusive foi com ela que conheci e me aprofundei no trabalho deles. Guarda-Chuva é o nome da pedrada.
Há uma alternância de vocais que me agrada muito e faz toda a diferença. O disco flui bem: em Acidental, o grupo parte para um pop rock mais tradicional; Homem Invisível é uma balada roqueira que flerta com o britpop que tanto gostamos; já O Inimigo mistura gêneros num groove hipnótico, com sintetizadores e percussão. Fênix chega fechando o trabalho, com pegadas mais próximas do Clube da Esquina.

O grupo se formou ali por volta de 2015. As influências são bem nítidas: do rock e da MPB dos anos 1970 e 1990. A Daparte tem belíssimos “processadores” — afinal, todos os integrantes da banda são compositores e o primeiro disco nasceu exatamente assim, com o toque de cada um deles.
À época, em entrevista, o querido Crase, baterista da banda, definiu o disco da seguinte forma:
“O nome de gente dado ao álbum acompanha a própria história contada pelas canções. Depois que colocamos as músicas em ordem, notamos que elas transmitiam sentimentos diferentes: algumas são mais tristes, outras mais alegres, umas mais viajadas. O disco tem essa identidade própria, como se fosse uma pessoa mesmo, com várias emoções e personalidades. Então, nada mais justo que batizá-lo assim.”
Vale demais dar o play — não só nesse material, mas em todo o trabalho da banda.
É isso, galera! Essa é a nossa deixa nesta terça-feira.

-Gui Freitas
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