Bem ao meio da Pandemia de COVID-19 que assolava o país e o mundo, Marcelo Gross se viu em uma situação complicada, morando em São Paulo havia mais de 20 anos, decidiu juntar as coisas e retornar ao seu reduto, a casa na qual cresceu, na cidade de Canoas-RS. De volta ao Sul, se estabeleceu em um Loft nos fundos da casa de sua mãe, e com essa volta acabou encontrando diversos materiais como, poesias e algumas canções da época em que era mais jovem.
Exilado em sua casa, Gross realizava sempre algumas LIVES, até mesmo para romper essas distância e isolamento que a Pandemia nos obrigou a viver. Após diversas Lives, Gross decidiu que era a hora de começar a compor e gravar novas músicas, resgatando ou mesmo compondo de acordo com o que rolava naquele período.
Conseguiu com os amigos da Holliday Gravadora em Sapucaia-RS um espaço para produzir e gravar as canções que havia preparado nesse tempo, já tinha 10 canções gravadas em uma demo e ia ao estúdio com a concepção já estabelecida em sua cabeça. Gravou o disco de maneira solitária, onde além de tocar todos os instrumentos em todas as canções, também fez toda produção musical. A meu ver, esse disco é o trabalho mais intimista e completo de GROSS, pois pelo distanciamento social do período pandêmico não pode contar com a participação de uma banda ao vivo nas gravações pela primeira vez, desde seu primeiro disco, nos apresentando de modo mais puro sua capacidade e habilidade de compositor e multi-instumentista.
Com isso, nasce “EXILADO”, o quarto disco de trabalho - em carreira solo - do Guitarrista Marcelo Gross, composto por diversas canções que nos mostram a evidência nas influências musicais que Gross usou neste álbum. Temos pitadas de Beatles, Rolling Stones, Simon and Garfunkel, juntamente com o timbre único de Marcelo Gross, um mix de 10 canções que nos levam a diversos ritmos e conceitos dentro do mundo do Rock, eu dou um destaque pro Blues Rock avassalador “Eu passei de Fase na Moral” que nos leva diretamente aos Pubs da famosa Rua Augusta em SP, qual Gross morou por 25 anos, num frenesi de gaitas e muito som!
Não podemos esquecer que a foto da CAPA e do Encarte, dignas de prêmios, são do próprio Marcelo Gross. Não é à toa que a principal influência ao gravar o disco foi o disco “McCartney”, gravado de maneira intimista por Paul McCartney nos anos 70.
É um disco OBRIGATÓRIO na coleção de qualquer fã do trabalho deste, que é o maior Rockeiro do Brasil, foi lançado o LP deste trabalho há poucos dias e a qualidade do Som é incrível!
-Por Gabriel Cardoso
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