Foi numa noite de muita aula, alguns goles e muita conversa boa na companhia de Beto Bruno, Roggs, Mayra, Sanjai e Paulo Caldas que fui apresentado a uma incrível banda. Como é bom encontrar os amigos para ouvir e falar de música, praxe nos meus finais de semana, me senti muito bem com essas pessoas.
The Bees e seu petardo intitulado de Free The Bees, foi um dos pratos da noite. Este é segundo dos britânicos, de 2004.
Lançado pela Virgin Records, é também o primeiro disco a apresentar o atual sexteto que evoluiu durante a turnê que promoveu o álbum de estréia Sunshine Hit Me. Após mastigar demais esse disco percebi que os caras entregaram muita psicodelia, um rock roll de garagem. Para você carente de rock com cara dos anos 60, que vive procurando por algo garageiro e não acha, não perca mais seu tempo. The Bees está ai pra você dar o play e assinar o que estou dizendo. Linha lo-fi, letras bobas, licks de guitarra memoráveis, órgão cool e quase tudo o mais que fez uma banda dos anos 60, The Bees parece que veio pra ter uma jornada pautada totalmente nesta década.
O que as Abelhas fazem neste disco é uma miscelania muito boa, é tão alegre e enérgico quanto The Byrds. Este é um daqueles "álbuns dos verões" distintos. Não vai mudar o cenário musical, até pelo fato de não haver nada de novo aqui, porém, canções como a engraçada Chicken Payback, a bela balada dos anos 50 I Love You ou a exuberante One Glass of Water - são fortes o suficiente para engajar o nascimento de mais e mais bandas mundo afora.
Free The Bees se destaca no meio de muitos outros imitadores do rock de garagem por causa de seu som completo e variedade de estilos. Existem bandas dos anos 60 que não conseguiram capturar a energia e a sensação selvagem que este álbum tem, então é um esforço louvável para uma banda de hoje fazer isso.
Gente, trata-se de uma banda do começo dos anos 00s, só você mesmo Beto, obrigado mais uma vez por ter puxado esse e outros discos para ouvirmos na íntegra, por mais encontros assim.
-Gui Freitas
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