Na semana que passou fiz uma enquete de dois discos de grande estima para mim, dos quais eu queria trazer pra página, e o vencedor foi The Kids Are Alright do The Who, claro em outra oportunidade irei trazer o Pet Sounds do Beach Boys pra vocês, mas vamos lá falar um pouquinho desse discão que de quebra foi feito por uma das bandas de mais talento já existente no mundo da música.
The Beatles, Rolling Stones, The Who e Led Zeppelin, foguetes absurdo do mundo da música. Os Stones tiveram, ops, tem a maior longevidade, os Beatles venderam mais discos, o Zeppelin lançou as bases para o rádio FM moderno e o The Who? Onde em qual marco entraria essa banda? Na minha opinião, quem gosta do The Who tem eles como maiores e ponto(é o meu caso),a verdade é que os devotos seguidores da banda ao longo de toda história devem estarem maravilhados não apenas com a música do grupo, mas também com sua personalidade e entrega em cima dos palcos. Para quem gosta de números exatos e cravados vai com essa aqui em que o grupo estabeleceu o Recorde Mundial do Guinness para "A banda mais alta do mundo", um feito alcançado no Madison Square Garden quando a produção sonora de seu equipamento rivalizava com a de um motor de turbina.
Mas vamos lá , tudo isso é pra dizer que o disco escolhido por vocês na enquete tem muito de toda essa introdução, o álbum serve como uma retrospectiva dos maiores sucessos da banda ao longo de sua carreira até o momento em que foi lançado. A maioria das faixas são gravações ao vivo, e não versões originais de estúdio.A capa do álbum apresenta uma das imagens mais icônicas do rock na capa: a foto de Art Kane da banda envolta na bandeira da Union Jack.
O clássico é filme e o mesmo foi uma obra do fã americano Jeff Stein que, apesar de não ter experiência anterior em produção cinematográfica, convenceu a banda a apoiar o projeto e atuou como diretor do filme. Stein produziu um livro de fotos da turnê da banda em 1970 quando tinha apenas 17 anos. Em 1975, ele abordou Pete Townshend, principal compositor e guitarrista do The Who, sobre compilar uma coleção de clipes de filmes para fornecer uma referência histórica para os fãs da banda.
Townshend inicialmente rejeitou a ideia, mas foi persuadido pelo empresário do grupo, Bill Curbishley, a cooperar. O resultado vocês já deve ter visto em VHS.
Quando Stein e seu editor de cinema, Ed Rothkowitz, logo visualizaram uma compilação de 17 minutos de clipes de suas aparições na televisão norte-americana para a banda e suas esposas, eles mal puderam acreditar na reação. “Townshend estava no chão, batendo a cabeça. Ele e Moon estavam histéricos. A esposa de Daltrey estava rindo tanto que derrubou a mesa de centro da sala de projeção. A reação deles foi inacreditável. Eles adoraram. Foi quando eles ficaram realmente convencidos de que valia a pena fazer o filme”.
A edição de som foi supervisionada pelo baixista John Entwistle e, com exceção de uma apresentação de “Anyway, Anyhow, Anywhere” em 1965, onde Entwistle teve que substituir uma faixa de baixo que faltava, e a filmagem de Moon quebrando uma bateria – como o 8mm original a filmagem era silenciosa, Moon fazia overdub de sons de bateria – a maior parte do som era autêntica. Entwistle lutou - e venceu - para fazer com que ele e Pete fizessem overdub de seus backing vocals nas filmagens de Woodstock porque Entwistle considerou os backing vocals do show original "terríveis". Durante o processo de edição de som, em 7 de setembro de 1978, Keith Moon faleceu. Todos os membros da banda, exceto Townshend, tinham visto uma versão preliminar do filme apenas uma semana antes e, após a morte de Moon, estavam determinados a não mudar nada.
O filme começa com um estrondo – literalmente – na única aparição da banda em um programa de variedades nos EUA. Em 15 de setembro de 1967, The Who apareceu no programa da CBS The Smothers Brothers Comedy Hour em Los Angeles após o final de sua primeira turnê pelos Estados Unidos. Eles sincronizaram os lábios das músicas “I Can See For Miles” e “My Generation” e confundiram o apresentador Tommy Smothers ao se recusar a seguir o roteiro enquanto ele tentava conversar com eles antes de “My Generation”.
Moon causou o maior impacto, entretanto, quando a natureza destrutiva de sua personalidade no palco atingiu seu nível mais alto. Após a apresentação de “My Generation” do The Who, eles começaram a quebrar seus instrumentos. Moon colocou carga explosiva em seu bumbo que incendiou o cabelo de Townshend e o deixou temporariamente surdo por 20 minutos, enquanto estilhaços de prato deixaram um corte no braço de Moon. Townshend então pegou o violão que Smothers um estava segurando e o quebrou em pedaços no chão. Smothers ficou completamente frustrado, mas o público achou que toda a apresentação foi encenada.
E isso foi um pouco da história que desse disco em que as crianças estavam certas.
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