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Foto do escritorTroque o Disco

AM


Segundo muitos críticos de música, o Tranquility Base Hotel & Casino é a obra mais absoluta que os Macacos Árticos criaram, quem sou eu pra discordar? Não sou crítico, sou um amante de música e tenho como meu preferido o AM, juntamente com Suck It and See, que por sinal já foi pautado por aqui. A escadinha dos discos do Arctic Monkeys é bem interessante, sua discografia junto com tudo que foi construído, os tornaram uma das maiores bandas do mundo.


Quando eu era mais novo, caçava bandas que nasciam por ai, baixando MP3, nos famosos programas Ares e Kazaa, quem nunca...


Pelos idos de 2006 achei o Arctic Monkeys e imediatamente fiquei fascinado pelo seu debut e pelo material entregue, lembro como hoje de gravar vários cds e distribuir pros amigos (fazia isso o tempo todo).


Já eu segui caçando bandas e acompanhando os Monkeys, tinha tudo pra virar fã de carteirinha, mas não virei, sempre achei que os caras surfaram a onda sozinhos e isso facilitou o processo, diferentemente de todas as outras décadas, vale destacar que essa competição sadia faz um bem danado pro amante da música, não precisa ir muito longe é só chegar ao Britpop. Nada disso tira o talento da banda, a explosão de shows lotados mundo afora e hits que deixam todos de boca caída.

Conversinha fiada a parte o AM talvez seja o disco mais popular da banda, aquele que tem os sons mais deliciosos de se ouvir e que foge da barulhada e sons que soam repetidos de discos anteriores, por isso meu preferido.


AM te faz três perguntas “Do I Wanna Know?”, “R U Mine?” e “Why'd You Only Call Me When You're Hight?” Todas as três músicas foram lançadas como singles, com cada uma implorando a fúria carnal pulsando para as demais canções. Liderado por Alex Turner, com disco que lhes deram o auge absoluto, isso tudo em meio a novos truques e limites nunca antes alcançados pela banda, tudo bem, com Tranquility Base Hotel & Casino eles extrapolaram os limites, mas não a audiência dos amantes.


Josh Homme, do Queens of the Stone Age, descreveu o AM como: "um disco sexy depois da meia-noite".


Fica claro desde o início que Alex Turner está no auge absoluto de seus poderes como compositor e letrista. E o que falar do Helders, ele já era um dos melhores bateristas de rock do mundo, mas seus backing vocals cheios de nuances adicionaram outro elemento à banda. Pegadas de hip-hop e R&B são presentes neste disco, também é nítido o sabor do rockabilly e dos cantores dos anos 50.


Quando ouvi falar desse quarteto de Sheffield pela primeira vez eles já eram promessas do Rock Britânico, com este disco eles cumpriram firmemente essa promessa. AM é como encontrar seu doce misturado com anfetamina, é um registro de noites e bebedeiras. Voltamos outro dia pra conversar mais sobre os meninos e seus discos ok?

-Gui Freitas

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