De fato a banda que salvou o rock no começo dos anos 2000 foi The Strokes, supergrupo com um talento absurdo para atingir de forma positiva todos os ouvintes ao redor do mundo.
Seu debut foi super bem comentado em nossa página, havia tempo que os caras não passavam por aqui e hoje decidi trazer um dos meus discos de cabeceira, o Room On Fire lançado em 28 de outubro de 2003, pela RCA Records.
Julian Casablancas (vocal); Nick Valensi, Albert Hammond, Jr. (guitarra); Nikolai Fraiture (baixo); Fab Moretti (bateria), esses caras foram responsáveis por manter o hype, a reação subsequente - sobre o álbum de estreia dos Strokes, IS THIS IT, os fãs se entregaram de coração ao segundo trabalho. Room On Fire é cortado do mesmo tecido vintage dos anos 1970, mas os floreios adicionados evitam que o álbum soe como uma cópia de tudo aquilo.
Certamente esse disco pode ser o melhor disco em cada ano de sua vida.
Pesando ágeis 33 minutos, o álbum é uma enxurrada de rock puro e ardente, uma explosão que nos remete a tantas outras décadas de ouro, vimos o rock de fato ser salvo de vez ali, e o catatau de bandas nascidas após isso foi imensamente íncrivel. O single de rádio 12:51 é característico da força e ferocidade dos Strokes, Julian Casablancas entoa como se tivesse enfiado o microfone goela abaixo, um leão de jogo.
O álbum tem seu tom linear, talvez em Automatic Shop e Between Love and Hate podemos ouvir algo fora da caixinha, uma perna no reggae. Frusciante também adiciona seu tempero em Automatic Stop, que disco!
Em 2014 ao ser entrevistado pela Rolling Stone, Julian explicou a ligação entre os dois primeiros álbuns e porque prefere os sons de Room on Fire .
“Eu queria terminar o Is This It? pensei; mesmo quando estávamos fazendo isso, sempre pensei que era a parte dois [de Is This It] ”, compartilhou Casablancas. “Lembro-me de quando começamos 'Reptilia' e 'The End Has No End', eu pensei, 'Esta é a nova vibe.' Acho que sempre nos sentimos como se estivéssemos em perigo. Quando fizemos Room on Fire, as coisas estavam estabelecidas, mas as coisas internamente, pelo menos da minha perspectiva, não eram saudáveis.”
O tempo passou, a banda sofreu maus momentos, mas com o lançamento em 2020 do The New Abnormal, vejo que não há porque mais comparar discos, e sim aplaudir por estarem nos entregando esses clássicos. Viva The Strokes!
-Gui Freitas
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