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Simplesmente Gal


Entre todas as divinas e maravilhosas cantoras que compõem o cenário da música brasileira, e com o distanciamento que a sua viagem para a eternidade oferece, é mais do que certo afirmar: Gal Costa foi (e é) a nossa cantora mais completa.


Do rock ao soul, passando pelo pop, pela bossa nova, música eletrônica, baião, entre diversos outros ritmos, Gal foi capaz de se metamorfosear em várias, mostrando as diversas camadas que compunham seu talento, voz e personalidade.


Desse modo, reúno cinco discos que atestam a genialidade de nossa eterna baiana, seja para redescobrir as facetas já conhecidas, ou para proporcionar o conhecimento da obra de uma das maiores entidades musicais da qual tivemos notícia!

*Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (1971): esqueça a precariedade das gravações. Aqui é Gal no seu estado mais puro, colocando a alma à serviço da música. Talvez o maior registro ao vivo de nossa cultura;


*Índia (1973): aqui, Gal atravessa, de vez, a ponte do tropicalismo para a MPB e World Music. É a sensualidade do povo latino-americano, traduzida em canções ora ousadas, ora épicas. Como bônus, a capa mais afrontosa e corajosa da nossa música;


*Minha Voz (1982): provavelmente, o trabalho mais sutil de Gal, no auge da sua fase “diva”. Mas, também, um dos registros onde Gal melhor soube utilizar a sua potência vocal. De bônus, a deliciosa faixa “Groupie”, que encerra o disco e conta com a participação de uma turma bem especial da MPB…


*O Sorriso do Gato de Alice (1993): álbum gravado em meio a um dos períodos mais difíceis da vida da cantora (com o falecimento de sua mãe). Aqui, encontramos uma Gal melancólica e pensativa, promovendo uma ruptura não apenas na sua música, mas no próprio estilo de vida. E conta com “Errática”, uma das mais potentes canções femininas da década de 90;


*Recanto (2011): sendo conduzida pela corajosa produção de Caetano Veloso, Gal promove uma das maiores revoluções de sua carreira nesse 30º disco. Arrisco dizer que, mesmo em terreno desconhecido, a voz de Gal nunca esteve tão apaixonante como nesse trabalho.

Selecionar apenas cinco álbuns entre a discografia imensa e impecável de Gal é quase um crime, mas essa pena nós, amantes de boa música, pagamos com gosto!


Viva Gal!


-Hique Romanine

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