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Foto do escritorTroque o Disco

Sob Rock



A música nos ajuda bastante a nos expressar, no meu ponto de vista mais que palavras. Uma boa música permite sentir tantas coisas diferentes ao mesmo tempo e foi sentindo essa sensação durante o feriado que decidi vir falar do espetacular Sob Rock, último disco do maior gênio dessa geração, John Mayer.


Ouvindo essa pedrada pude por pra fora meu choro entalado pela perda da minha mãe meses atrás, ao passo que dancei, bebi uma cerveja, repensei algumas coisas, planejei o futuro, é o poder da MÚSICA.


A cena musical teve uma abundância de excelentes discos até agora para 2021, com mais artistas prontos para criar conteúdos incríveis. Eu devorei este disco nos últimos dias e pela primeira vez em um ano de página farei um faixa a faixa por aqui:


1- A abertura é uma das melhores do disco pra mim. Last Train Home, foi single de estréia, som potente e com pegadas da década de 80. Mayer é capaz de adicionar de forma complexa e criativa sua identidade à música. Os riffs de guitarra característicos e as letras de cortar o coração, são lindamente colocadas em camadas na faixa e criam uma canção nova, porém familiar, que captura indiscutivelmente a criatividade de John Mayer.


2- Shouldn´t Matter But It Does: segunda faixa do álbum, nos leva a uma jornada sentimental e emocional. Quando eu falei que a música tem poder de tudo, aqui está um exemplo, nessa faixa o gênio é capaz de capturar perfeitamente as dores de cabeça e como o passado ainda pode perdurar - enfatizando que esses momentos não deveriam importar, mas de alguma forma importam.


3- New Light: foi a primeira música que ouvi do disco e tem um clipe bem divertido. John Mayer é tão estratégico na forma como elabora sua tracklist para este álbum. New Light imediatamente traz a energia de volta como uma música que é fácil de tocar e dançar.



4- Why You No Love Me: Deixe as regras gramaticais fora da janela para este, por favor. O título e a natureza repetitiva da letra podem soar como uma piada quando você a ouvir pela primeira vez. No entanto, é uma afirmação poética de colocar tal questão de uma maneira infantil.


5- Wild Blue: Tirando as canções do mainstream, essa é a que mais curti, pegadas de som atual, guitarras que choram, som limpo demais, pleno, com fones isso se transforma ainda mais. Seus padrões suaves, rítmicos e otimistas mudam constantemente, dando-nos uma experiência totalmente nova conforme a música avança.


6- Shot In The Dark: Se a faixa anterior foi a que mais gostei, essa foi a que menos gostei.


7- I Guees I Just Feel Like: Esta é uma faixa da qual você simplesmente não se cansa e que implora que seus ouvintes entrem em um transe emocional, concordam?

8- Til the Righ One Comes: Em meio às faixas que nos deixam em estado de choque emocional, Mayer também é conhecido por entregar canções que transbordam de mensagens positivas e encorajadoras. Ele abertamente diz aos vizinhos que o tipo certo de amor está ao virar da esquina nesta música, que contém uma letra e um clima de positividade.


9- Carry Me Away: Me pediram uma playlist de sons de "estrada" e essa será uma certa. Trilha sonora que implora por uma fuga do comum e mundano para uma vida cheia de abandono inesperado e alegre. É uma faixa perfeita para ser tocada em estrada aberta durante uma longa viagem.


10- All I Want Is To Be With You: A faixa que fecha o disco une todas as músicas com uma música country de ritmo lento. Os primeiros segundos têm um tipo de melodia de suspense de filme de faroeste que imediatamente muda para uma suave canção de ninar que contém mais um momento de honestidade. Por isso chamo John Mayer de gênio.


Seria algum exagero da minha parte dizer que nos tempos atuais podemos levar o John Mayer a nível de Eric Clapton, Jimi Hendrix entre outros, ou seria loucura da minha parte?


Seu oitavo disco é o que crava Mayer como dos grandes nomes da música desta geração, embora sua abordagem e entrega sejam um tanto imprevisíveis. Sob Rock provavelmente não será um novo clássico dos anos 80, no final das contas parece um artista confortável e bem-sucedido se divertindo em uma nova (velha) direção, enquanto desfruta de sua própria companhia. A fórmula é uma evolução inteligente para alguém como John Mayer e divertida para ouvir todos os outros.

-Gui Freitas




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