Djavan lança seu 26º disco

2025 está chegando ao fim, mas, antes que ele acabe, um dos maiores artistas do mundo nos presenteia com um disco novinho em folha. Estou falando do mestre Djavan e de Improviso, nome do tesouro que tomei como presente de Natal.

São 50 anos de carreira, reconhecidos por gigantes da nossa música e até da música mundial, como Stevie Wonder e Quincy Jones. Esse novo projeto carrega na essência o jeito “djavanear” de ser: um artista que toca o fundo da alma, que nos entrega poesia, rimas e muito amor.

Improviso é muito Djavan. Ao escutar, vejo um pouco de sua vasta discografia reunida em um único disco, talvez uma celebração às cinco décadas de uma carreira brilhante. Faz tempo que Djavan está na boca de todas as gerações, sem distinção. Ele sempre é atual.

Uma baita curiosidade é que a faixa 4, “Pra Sempre”, foi escrita originalmente para um disco de Michael Jackson há 40 anos. Isso mesmo. Outra boa curiosidade é a canção “O Vento”, bela composição ofertada por Djavan a Gal Costa (1945–2022), cantora que sabia falar a língua da música do compositor. Tudo a ver, pois a lembrança de “O Vento” no álbum Improviso soa como uma declaração de amor de Djavan a Gal, cantora fiel ao compositor desde 1981, quando Djavan ainda estava no início da caminhada que lhe deu a liberdade autoral que deságua nos imprevistos de Improviso, 50 anos após a defesa de “Fato Consumado” naquele tardio Festival da Canção.

Li uma matéria em um site que trazia um trecho muito real sobre quem Djavan é:

“Imune ao vírus contagiante das modas e modismos musicais, Djavan jamais contaminou a obra com os vícios mercadológicos. Improviso poderia ter sido feito em 1990, mas foi gerado em 2025, abrindo alas para a turnê retrospectiva que percorrerá o Brasil a partir de maio de 2026, celebrando os 50 anos do primeiro álbum do cantor, A Voz, o Violão, a Música de Djavan, lançado em 1976.”

Djavan é pauta que não cabe aqui, ainda mais com um lançamento desses. Com toda certeza, voltaremos a falar muito desse disco. Encerro dizendo que ganhei um baita presente de Natal e que felicidade é viver no mesmo tempo de Djavan.

-Gui Freitas